..::Juliana Persou::..

..::Juliana Persou::..
..::Carpe Diem ::..

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

.:.La Fontaine Século XXI .:.


Se tem uma coisa que eu aprecio, é um ser que aproveita o dia, isso está bem longe de ser iresponsavel ou imprudente, apenas significa um alto poder de conciliação entre prazer e dever.

Muitos acreditam que precisam ter uma postura totalmente distinda da verdadeira personalidade para garantir credibilidade. Ao meu ver, é pura falta de personalidade e distinção, sem contar com a imposição da própria personalidade.

Não estou dizendo que todo mundo tem que sair correndo pelado pela Av. Paulista ou sair gritando pelos corredores da empresa gritando horrores do chefe. Digo apenas que é maravilhoso viver e não sobreviver sob os domínios, sabe-se lá de quem.

Carpe Diem hoje
Carpe Diem amanhã
Carpe Diem Sempre
Ou chegará um dia em que olharemos para o passado e perceberemos as lacunas impossíveis de se preencher, tudo porque não nos permitimos alguns momentos de felicidade.
O Trabalho enobrece o homem, sim, mas
A Diversão faz do homem um excelente Trabalhador!
E lendo um desses e-mails corporativos, recebi um que me traduzio ao pé da letra. Seria muita maldade não expor tal inteligência.
Era uma vez, uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem o bate-papo com os amigos ao final do trabalho tomando uma cervejinha gelada. Seu nome era "Trabalho", e seu sobrenome era "Sempre". Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da cidade.
Não desperdiçou nem um minuto sequer.
Cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu prá valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir.

Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. A formiguinha, exausta de tanto trabalhar, entrou para a sua singela e aconchegante toca, repleta de comida.
Alguém chamava por seu nome, do lado de fora da toca e quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu.
Sua amiga cigarra estava dentro de uma Ferrari amarela com um aconchegante casaco de vison.

E a cigarra disse para a formiguinha: - Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. Será que você poderia cuidar da minha toca?
E a formiguinha respondeu: - Claro, sem problemas! Mas o que lhe aconteceu? Como você conseguiu dinheiro para ir à Paris e comprar esta Ferrari?
E a cigarra respondeu: - Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer show em Paris... À propósito, a amiga formiga deseja alguma coisa de lá? - Desejo sim, respondeu a formiguinha. Se você encontrar o La Fontaine (Autor da Fábula Original) por lá, manda ele ir para a 'Puta Que O Pariu!!!'
Moral da História: Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine e ao seu patrão. Trabalhe, mas curta a sua vida. Ela é única!!!
Se você não encontrar a sua metade da laranja, não desanime, procure sua metade do limão, adicione açúcar, pinga, gelo e...



.:.CARPE DIEM.:.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

..:: Eu preciso de você::..


Eu preciso de saber que você existe;

Preciso saber que se levanta todos os dias

e numa rotina diária, toma seu café lendo o jornal,

a parte dos quadrinhos, afinal o dia será díficil,

Preciso saber que lê todos os e-mails, cartas e bilhetes que
te escrevo, e mesmo negando, dentro de você existe uma parte
que palpita mais forte, quando sabe que sou eu quem liga no meio do dia
Eu preciso saber que você é assim, que não importa o quanto eu reclame, ou o quanto briguemos
Eu sempre vou apreciar cada gesto seu. Não porque, é nobre, e sim porque é seu!
Eu necessito saber que você está em mim, quando acordo, e não me deixa quando eu durmo.
Que me acompanha nos meus sonhos.
Eu preciso crer que você está no mesmo lugar, e mesmo que seja para olhar de longe, esse acalento me é dado.
Eu preciso que você saiba, que está em cada pensamento meu.
Que não importa o tempo que passar, o melhor de você ficou tatuado em mim.
YEu simplesmente preciso que você exista Y
Perfeito para um relacionamento cheio de mágoas, onde falta coragem para terminar o que nem deveria ter começado, para corrigir erros irreparáveis e tentar refazer um novo trajeto, desta vez sem cicatrizes.

Entretanto, ao ler este mesmo poema de baixo para cima, vemos como é possivel amar intensamente, a ponto de sentir em cada parte do corpo a presença do ser amado, ter como primeiro pensamento do dia e o último da noite quem persevera em nossas mentes.

Simplesmente lindo!!


Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase

EU TE AMO!

Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

..::Leia de Baixo para Cima ::..

:. AMIZADE DE A à Z.:


Alfabeto do amigo...

Amigo é aquele que
Beija você com
Carinho e que
Deseja com
Entusiasmo sua
Felicidade.
Garante fidelidade para com você e é
Humilde.
Independente do que você é,
Joga tudo para o alto eLarga mão da
Matéria e dos sentimentos ruins,
Naturalmente, para cumprir com sua
Obrigação e para
Proteger a quem lhe protege.
Quer bem a quem lhe quer,
Respeita seu
Silêncio, calado...
Transforma sua vida em uma
Única motivação para
Viver e
Xeretando, se preciso, e
Zangando quando necessário.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009


O Mundo É Um Moinho

Composição: Cartola


Ainda é cedo amor

Mal começaste a conhecer a vida

Já anuncias a hora da partida

Sem saber mesmo o rumo que irás tomar



Preste atenção querida

Embora saiba que estás resolvida

Em cada esquina cai um pouco a tua vida

Em pouco tempo não serás mais o que és



Ouça-me bem amor

Preste atenção, o mundo é um moinho

Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos

Vai reduzir as ilusões à pó.



Preste atenção querida

De cada amor tu herdarás só o cinismo

Quando notares estás a beira do abismo

Abismo que cavaste com teus pés

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

.:.Atitude é TUDO!! .:.



..:: Uma lição de Vida ::..


Uma mulher acordou uma manhã após a quimioterapia, olhou no espelho e percebeu que tinha somente três fios de cabelo na cabeça.

- Bom (ela disse), acho que vou trançar meus cabelos hoje.

Assim ela fez e teve um dia maravilhoso.

No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelo na cabeça.

- Hummm (ela disse), acho que vou repartir meu cabelo no meio hoje.

Assim ela fez e teve um dia magnífico.

No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.

- Bem (ela disse), hoje vou amarrar meu cabelo como um rabo de cavalo. Assim ela fez e teve um dia divertido.

No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que não havia um único fio de cabelo na cabeça.

- Yeeesss... (ela exclamou), hoje não tenho que pentear meu cabelo.

Temos que ter atitude, e não nos deixar abater por nada!

________________________________________________________

Viva com simplicidade.

Ame generosamente.Cuide-se intensamente.

Fale com gentileza.

E, principalmente, não reclame.

Se preocupe em agradecer pelo que você é,

e por tudo o que tem!

E deixe o restante com Deus.

..::Sofrimento Feminino::..

Não houve uma pessoa que lesse, e não sucumbisse às gargalhadas...







"Tenta sim. Vai ficar lindo."

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pêlo não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar,
que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada? Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves,porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado aparede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue.
Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou acordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- .é... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer maisainda.
- Ah, sim, claro. Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois jogacada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu.
Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilhaVirgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora depuxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo super natural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginavaque era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mastopei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor. Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto. Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiraçãodas duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse umpesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabiaque o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava decara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia,aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na caradela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava commais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que abunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa quetivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais,xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez?
Virei e segurei novamente abandinha.
E então, piora.
A broaca da salinha do lado novamente abre acortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais,vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. Eagora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém falaisso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar acalcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda,protestar contra isso.Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

..::FIM::..

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Morrer! Outra vez?




Sinto-me triste

Porque não me sinto feliz

Porque a minha sombra ficou clara

E eu tive de repara-la


Aluguei umas asas de anjo

Mas logo as troquei por umas de vampiro

Por serem mais negras

E terem mais a ver comigo


Os meus olhos são castanhos

Mas as vezes estão vermelhos

É que de tanto chorar em prantos

Ficam da cor do sangue


A minha alma esta dorida

E fui eu que a magoei

É que me atrevi a sorrir

E na tristeza mergulhei


Perguntei a minha sombra

Porque não olhava por mim

Ela nem me respondeu

Porque me trará assim?


Porque todos fazem o mesmo

Pisar no que já está magoado é fácil

Compreender o que leva ao chão

Da dor é que é de difícil compreensão


A dor ate é bela, a minha face vitima dela

É que não. Fico com os olhos inchados

E com um sentimento triste nos lábios

E a dizer poemas trágicos


E a escrever poemas trágicos

Agarrada ao computador

Pois só chorar em vão

Não extravasa a nossa dor


Nunca se extravasa nossa dor

Apenas se ilude ligeiramente

Pois num coração sofredor

Só há espaço para o mórbido sentimento


Vou fingir que estou bem mais um bocado

Não quero já outra overdose

É que já estou próxima de chegar ao

Número mágico, o que se pode tornar trágico


Para as seis overdoses falta uma

E ainda está para vir

Por agora é escrever

Que ainda me dá algum prazer


Eu, a tristeza feita representação

Pisada por todos os que estiveram no meu coração

Princesa da desilusão e da ansiedade

Como diz a psiquiatra, da ansiedade

Sou como voce me vê.



...Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse a cada dele, e é.

Trata-se de um cavalo preto e lustoso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou antes em ninguém

nem jamais lhe puseram rédeas nem sela apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo:

Come às vezes na minha mão. Seu focinho é úmido e fresco.

Eu beijo o seu focinho.

Quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito.

A menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa não tenha medo daquilo que é ao mesmo tempo salvagem e suave.

Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome.

Ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridade, ele vai.

Se ele fareja e sente um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e ai.

Aviso também que nao se deve temer seu relinchar:

A gente se engana e pensa que é a gente mesma que está relinchando de prazer ou de cólera, a gente se assusta com o excesso de doçura do que é isto pela primeira vez.




É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.


De acordo com o autor Edson Marques - autor do Poema Mude, eis uma parte que me chamou muita atenção. Eis o motivo de fracionar tal poema que pode ser encontrado na integra no nosso insubstituível consultor Google.

MUDE

Mude,mas comece devagar,

porque a direção é mais importante

que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira,

no outro lugar da mesa.

Mais tarde, mude de mesa.

Quando sair,

Procure andar pelo outro lado da rua.

Depois, mude de caminho,

ande por outras ruas,

calmamente,...
....
E principalmente: Só o que está morto não muda !

Autor: Edson Marques


.:. Sou como você me vê.Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,Depende de quando e como você me vê passar .:.