..::Juliana Persou::..

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A culpa é do Vácuo


Hoje quando acordei, senti um gosto amargo, um aperto no peito, uma angústia desmedida. Achei que era um um mal estar, coisa passageira.
Quando me levantei senti como se não tivesse tido uma noite tranqüila, meus olhos ainda ardiam. Com a mente embaralhada e ainda tomada pela sensação de confusão, fui até o banheiro lavar o rosto.
Percebo que me falta um pedaço. Vejo um oco no peito. Era meu coração que estava faltando.
Ao me concientizar da falta, a dor parece mais presente ainda. Lancinante. Não há mais nada a fazer.
Gritar não adiantaria. Minha voz não teria braços pra trazer meu coração de volta.
Mesmo sem noção de onde ir, para onde correr, ainda tive uns minutos pra lembrar que existem responsabilidades que não podem ser deixadas de lado.
Mesmo sangrando por dentro a gente veste uma fantasia de pessoa normal, passa a mão em 2 ou 3 máscaras que possam combinar com a maioria das situações do dia e sai.
Lembrar da dor faz ela aumentar cada vez mais. É uma tristeza profunda, que não tem fim.
Durante o dia, um nó na garganta que insiste em obstruir a passagem. Vira em mexe os olhos se enchem d’água, e camuflamos entre um bocejo e outro.
Inventamos algumas desculpas para justificar o choro que aparece sem dar tempo de nos esconder.
O dia vai se arrastando, igualzinho meu corpo.
Nada está bom, nada satisfaz, não por culpa de ninguém, por simplesmente ver que estou sem meu coração.
Não.. essa historia não teve fim... Afinal o sofrimento só começou!!!!



Juliana Persou

sábado, 6 de fevereiro de 2010

.: Estar sozinha ou ser Solitária :.

Começou Fevereiro... Nem vou falar do clima, está absurdo, assim com as coisas da minha vida.

Amizades que vem e que vão. Que surpreendem!

Todos os dias rezo pra ser melhor. Todos os dias agradeço pela tentativa de ter tentado ser melhor. E de manhã tudo novamente.

Estou com uma oportunidade de fazer tudo diferente, de aproveitar para arrumar a casa da minha vida!

Fazer diferente. Alcançar objetivos. Cuidar para que estes não sejam tão grandes, assim as frustrações serão menores também, caso algo não saia como o planejado.

Não apostar é não confiar em si mesmo. Mas apostar todas as fichas num mesmo número é abusar da sorte, é colocar nela uma responsabilidade absurda.

Hoje penso que a Dorothy e o Totó não estavam errados em falar repetidas vezes algo tão básico e que faz tanto sentido num momento de desespero.

Continuo com as minhas atividades... Não dá pra deixar de dançar!

Mas o curioso é que o isolamento vem aparecendo na minha vida ultimamente.

Em todo lugar que vou, vejo que estou sempre isolada. Não porque não queiram ficar perto de mim, mas como se o destino estivesse afastando todos de mim, não sei com qual intenção.

No trabalho é assim, são poucas pessoas trabalhando comigo, o que me obriga muitas vezes a almoçar sozinha, uma tarefa dura pra mim. Muitas vezes prefiro não almoçar a encarar o prato a sós!

No Sapateado éramos cinco pessoas, um número bem baixo, a cada semana cai um... Tanto que sobrou apenas duas, uma mulher e eu... Estranhamente um pouco antes de chegar o Natal, essa minha amiga tem o infortúnio de quebrar o pé.

Agora sou eu, apenas eu... Novamente sozinha.

Na musculação meu treino não permite revezamento, o que me faz ficar mais concentrada e quieta. Não dá pra parar porque é um circuito.

No francês éramos quatro pessoas. Saí... não deu pra continuar.

No trajeto do trabalho vou de moto, uma hora pilotando e ouvindo música, organizando meus pensamentos. Antes eu ia de fretado, éramos doze.

Agora acabou os fretados, cada um foi para um lado. Continuamos com contato, mas a vida afasta o que não pode ser visto.

Na Dança do ventre, tinha uma turma de dez meninas, sai uma, depois outra... Então junta em uma única turma... Eis que a escola fecha!

Juntando tantas pistas que o destino deixa. Fica assustador pensar que nosso destino é ser sozinha. Solitária. Não porque desejei... mas porque não estou compreendendo a linguagem utilizada.

Os amigos que antes estavam na minha vida, hoje são lembrança. Com muito carinho é claro. Mas existe ainda um motivo interior para que eu não os veja, não os encontre.

Sei lá. Acho que tudo está escrito, e eu não estou querendo me alfabetizar nas linhas que o destino escreveu.

Ainda acredito que os ignorantes vivem felizes. Os sábios enlouquecem ao perceber que tudo é obra de algo maior, muito antes planejado. E que não podem interferir em nada. Eles também são peças deste enorme tabuleiro chamado Vida!