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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Morrer! Outra vez?




Sinto-me triste

Porque não me sinto feliz

Porque a minha sombra ficou clara

E eu tive de repara-la


Aluguei umas asas de anjo

Mas logo as troquei por umas de vampiro

Por serem mais negras

E terem mais a ver comigo


Os meus olhos são castanhos

Mas as vezes estão vermelhos

É que de tanto chorar em prantos

Ficam da cor do sangue


A minha alma esta dorida

E fui eu que a magoei

É que me atrevi a sorrir

E na tristeza mergulhei


Perguntei a minha sombra

Porque não olhava por mim

Ela nem me respondeu

Porque me trará assim?


Porque todos fazem o mesmo

Pisar no que já está magoado é fácil

Compreender o que leva ao chão

Da dor é que é de difícil compreensão


A dor ate é bela, a minha face vitima dela

É que não. Fico com os olhos inchados

E com um sentimento triste nos lábios

E a dizer poemas trágicos


E a escrever poemas trágicos

Agarrada ao computador

Pois só chorar em vão

Não extravasa a nossa dor


Nunca se extravasa nossa dor

Apenas se ilude ligeiramente

Pois num coração sofredor

Só há espaço para o mórbido sentimento


Vou fingir que estou bem mais um bocado

Não quero já outra overdose

É que já estou próxima de chegar ao

Número mágico, o que se pode tornar trágico


Para as seis overdoses falta uma

E ainda está para vir

Por agora é escrever

Que ainda me dá algum prazer


Eu, a tristeza feita representação

Pisada por todos os que estiveram no meu coração

Princesa da desilusão e da ansiedade

Como diz a psiquiatra, da ansiedade

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