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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Cindy - Até logo!

É com muita tristeza que escrevo para minha Cindoca... Cindy simplesmente. Foi tão rápido, tão insensível.. qualquer outra palavra que eu usar não vai transmitir o que passamos nesse sábado tão infeliz.
Depois de uma semana, correndo com veterinários, clínicas, laboratórios e tudo mais, tive que tomar uma das decisões mais dificeis da minha vida, tive que aprovar o sacrifício da minha linda Waimaraner.
Em nenhum momento imaginei que voltaria de lá sem ela.
E desde então é um vazio só. A casa está quieta, está maior... não dá vontade de ficar no quintal, sendo que antes era um prazer infrentar o campo minado da Cindy! Não me importava de ter que limpar toda aquela sujeirada, até porque sendo um cachorro grande, grandes são os dejetos deixados por ele... E eu sempre soube que também grande seria o vazio que ela deixaria.
Ouvir a buzina de um carro e não ter como resposta os latidos potentes e imponentes da Cindy é algo terrivel.
É um silencio atormentador!
Não tem mais o banho pensado com requintes de detalhes, não tem mais os pacotes gigantes de ração, não tem mais o arrasta, arrasta da casa gigante do meu bichinho.
Com que eu vou falar " Cadê o binkeduuu"?, com quem eu vou falar "Pangalé"?... Quem vai ficar contente qdo eu chego, quem vai me olhar como se eu fosse uma rainha?
Queria dizer que ela não sofreu, que a hora dela tinha chegado, mas foi tudo sem respeito... o mal se instalou, atacou meu bichinho, não sabemos o que aconteceu, tantas coisas cogitadas, todas descartadas... só uma certeza... Ela não está mais aqui.
É impossível não lembrar dos olhos suplicantes dela, das tentativas de locomoção em vão, dos ensaios de alimentação sem sucesso... Eu sei que ela tentou... como tentou, deu tudo de si, pois no fundo ela sabia que queriámos ali, junto da gente..
Mas chega uma hora que é preciso entender um olhar, compreender uma situação e dar um veredicto final, decidir como será o Adeus de um ser que te faz tanto bem.
o Respeito só houve com os preparativos pra tirarmos ela daqui. E como sempre, em nenhum momento, minha Cindy deixou o porte cair, em nenhum momento, ela deixou de recorrer à um brinquedo no momento que me visse chegar pela porta..
Não deixou de ser bela, não deixou de ser querida... ainda que tentasse me morder para me afastar de outro gole de remédio, outra tentativa de reação, era visto que havia amor, o mais puro que eu conheço.
Logo pela manha de sábado, ela tentou me afastar dela, como uma forma de me fazer sentir menos, de não me deixar vê-la padecer. Mas amor não dá pra afungentar mordendo ou rosnando...
Quem sabe ela se foi, para chegar primeiro num lugar para onde vou em algum tempo. Quem sabe não será ela que vai me receber, e de uma forma generosa, ela foi primeiro pra clarear os caminhos, eliminar os perigos e permanecer em guarda e a minha espera.
Eu imagino que ela adormeceu, e acordou num bosque verde e florido, com muitos brinquedinhos... com muita curiosidade em tudo novo... e sempre se apoiando que eu estou logo ali... que minha voz ainda é fresca nos seus ouvidinhos... e que resta nela sempre a confiança...
Ela deu seu ultimo suspiro... e eu estava ali.. pertinho dela... pegando nas suas orelhas tão macias... assoprando seu focinho afim de deixar meu ultimo cheirinho.
É dificil pedir para nos deixarem sozinhos com nossos entes tão queridos... pois querem nos consolar enfim... mas depois minha mãe saiu da sala, minha amiga ainda ficou um pouco e um pouco depois eu consegui levar o cobertor dela  e me despedir só eu e ela! Ninguém mais! Só eu e minha Cindy!!
Obrigada minha linda por tantas alegrias... sei que você vai estar esperando por mim, e enquanto isso ... você vai cuidar de mim!
Beijos Eternos... sempre vou me lembrar de você "minha pangalé gotosa"

Juliana Persou

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