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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

.:Beleza Roubada como o Beijo:.

Senti uma alegria desmedida quando vi o portão se abrir e veio na minha direção me procurando, tentando me ver pelo vidro do carro.
Após várias tentativas, sem sucesso, consegui enfim estar diante do que eu havia pedido há mais de um ano. Meu pedido se tornou realidade, e era apenas poder estar ao lado e trocar dois dedos de prosa com alguém tão importante pra mim.
Era notável que o fato d’eu estar radiante, era a alegria de enfim estar perto e ver novamente de perto os olhos que eu tanto amava.
Senti a leveza e inquietação de lamentavelmente não dispor de mais tempo para conversar ou dividir um pouco de silêncio.
Os atos cheios de vigor e atitudes continuavam a fazer parte de cada ação. Desde um beijo roubado, um cumprimento diferenciado, um olhar mais demorado e por que não dizer, a benevolência de me deixar usufruir de tão estimada companhia.
Ao mesmo tempo em que o tempo corria como louco, querendo arrancar de mim cada experiência que eu pudesse vivenciar.
Senti também os ponteiros pregados por não quererem perder nenhum momento que eu tanto sonhara. Simplesmente deixaram de trabalhar para contemplar a realização de um desejo muito antigo. De um pedido concedido.
Eram tantos assuntos inacabados, que pareciam ser de propósito... o que se termina não existe razão de voltar e comentar...
Esquecemos por um minuto que existia mundo, terra, cobranças e tudo mais. Consegui tirar minha capa e me despir completamente como há muito tempo eu não fazia. Expor meus sentimentos é mais sério que estar nua em público, e não fazê-lo é confinar um lince numa redoma, e tornando-o recluso. Não falar da falta que eu sentia, da saudade gritante dentro do peito que só sarava ou me consolava, com fotos dos melhores e exclusivos momentos que tivemos.
Como tudo tem hora pra terminar, treinamos a despedida várias vezes, nos abraçamos várias vezes, nos beijamos várias vezes, sempre dando a entender que agora sim, era hora de ir, e sempre aparecia mais um assunto, ou um comentário, até que o verdadeiro até logo veio, foi e é bom sentir o que sinto, pois me dá esperança.
Meus olhos continuavam a ver a luz por entre àqueles olhos que me paralisaram, e me prenderam para todo o sempre.
Cada dia o tempo só beneficia esse pássaro que entrou na minha vida e que se debateu muito.
Fugiu por um tempo, mas voltou. Voltou não porque a porta da gaiola estava aberta, mas porque não havia mais gaiola. O que havia era meu braço estendido, e meu ombro firme para amparar esse pássaro não importando nada.
Combinamos de nos vermos novamente, de não deixar que o tempo açoite tanto nossos corações. E o ultimo abraço se fez, desta vez mais demorado, dando tempo de sentir o cheiro, a pele, a textura da roupa, de sentir tudo em volta.
Meu pássaro alçou vôo novamente, mas deixando a certeza que voltaria me dando esperança que tudo é temporário.
A partida dessa vez não doeu, foi um até logo quente, que me fez dirigir até em casa, guiada apenas pela alegria abundante que transbordava meu coração, Eu gritava no carro agradecendo a bondade de Deus, em sempre me conceder meus desejos.
Sim, devemos ter cuidado com nossos desejos, pois ele de certo virará realidade, e com isso, as maravilhas e recompensas.
Hoje não carrego mais nada... Parei de carregar a gaiola comigo... Estou mais leve, mais dinâmica... Por que levo comigo o principal, meu coração cheio de amor, e meu ombro pra dar apoio quando meu pássaro voltar.

Eu só devo agradecer.

Que todos tenham um pássaro que voe longe, mas que te seja leal! Com a lealdade a garantia do retorno, está adquirida.

Eu obtive a minha.

Beijos


.:Juju Persou:.

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