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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

..Dia de Cachoeira

Nossa que domingão bom da conta!!

Destino: Paranapiacaba – De novo!!!!? Sim.. entretanto a intenção era procurar algumas cachoeiras.
Transporte: Motoca!!! Óbvio!!!!
Integrantes: 5 loucos!!! Cada um com uma mania, um jeito diferente!!!

Chegando em Paranapiacaba, tudo básico, famílias conhecendo os museus, lendo as plaquetas, até tentamos fazer algo mais light.. mas não teve jeito.. depois de andar pela cidade inteira (A Cidade não é tão grande..rs.rs)... resolvemos fazer o caminho de volta e procurar uma galera na beira da estrada que também estavam rumo às cachoeiras de Campo Grande.
No trajeto de volta, no botequinho já conhecido pelos trilheiros, tentamos deixar as motos amarradas lá, mas o dono do boteco disse que não aconselhava.
Tentamos estreitar laços, fazer aquela amizade ... mas o cara foi taxativo..
- Quanto tempo vcs demoraram para comprar a moto? Pois é.. prepara mais um tempo para comprar outra!!!!
Outra coisa cômica se não fosse trágica... O cara pra piorar solta a pérola: “Num faz muito tempo, encontrarão um cara todo “cortado”, cabeça para um lado, perna para outro, braço para outro!!
Meu depois que o cara falou isso, metade já queria ir embora! Mas beleza, seguimos em frente entramos na primeira estradinha de terra que saia da pista e seguimos até encontrarmos uma casa na qual pudéssemos amarrar as motos e seguir trilha a dentro.
Nem bem passamos 2km e já vimos um homens que estava de saída e perguntamos se dava para ir de moto até a cachoeira, ele disse que não dava e deixou que deixássemos as motos lá, e ele mesmo se ofereceu para nos levar até alguma queda d’agua.
Entramos mata a dentro daí pra frente foi só diversão, tiveram sim alguns percalços, afinal não estávamos preparados, não tínhamos lanches ou sanduíches para matar uma fominha, não tinha água suficiente para todos, não estávamos com roupa para nadar, nossos tênis estavam totalmente fora dos padrões trilheiros, mas enfim... estávamos lá e estávamos contentes.
A vista era perfeita, o silêncio também, foi tudo que eu precisava para dar uma renovada no ânimo que anda meio em baixa nesses últimos dias, mas estar em contato com tantos riachos, pedras, areias e árvores, sempre nos deixa mais calmos.
Na primeira cachoeirinha que encontramos, não nos fizemos de rogados, caímos de roupa e tudo, depois até a calça eu tirei, afinal, o que é uma calcinha perto de um calor insuportável e considerando que estava entre amigos... Nada né.!!
Nos vestimos com dificuldade obviamente, pois colocar roupa molhada é uó!!! E seguimos mata a dentro.
E quando eu digo mata a dentro é realmente mata a dentro. Nada de trilha feitinha com marcações e guia, era tudo na raça, andamos por quase 7 horas! Subindo e descendo morro, barranco, cachoeira, pedras imensas, virava e mexia aparecia outra cachoeira e o cara que se ofereceu para nos acompanhar sempre dizia pra mim:
- Morena olha lá, ta fundinho, pode nadar lá.., olha lá.. tem outra poça, pode nadar lá Tb...
Acho que se ele encontrasse um copo d’água ele logo falaria ... - Ah lá morena, se joga lá..rs.rs.rs.
Carregamos uns aos outros de cavalinho pois tinha gente que não podia se molhar completamente.
Uma se machucou no joelho, foi chato porque deixou a caminhada um pouco mais morosa, mas mesmo assim estávamos todos lá.
No meio do caminho, ficamos sabendo que um cara tinha caído da cachoeira e que havia quebrado a perna, tendo que ter o corpo de bombeiros acionado para tirá-lo de lá, de padiola e tudo.
Continuamos a caminhada e logo depois encontramos os bombeiros e o digo cujo que tinha quebrado a perna. Ficamos imaginando o trabalho que os bombeiros teriam para levar o gordinho de volta ao carro de bombeiros. A mata era fechada demais, e não dava pra carregar ninguém morro acima, então provavelmente tiveram que ir pelo rio, que também tinha muitas pedras encorregadias e contando que logo iria anoitecer, só uma palavra pra classificá-los: Estavam ferrados!!!
Continuamos nossa cominhada, tiramos muitas fotos, vimos coisas lindas!! Simplesmente não tenho palavras para descrever como coisas tão simples podem nos fazer tão contentes!!
Estavam todos carentes de aventuras, embora um ou outro estivesse cansado, com fome, cansado, machucado, ainda assim estava muito legal.
Condicionamento físico faz muita diferença nessas horas... entretanto do que adiantaria... entre uma curva no rio ou outra sempre abríamos uma cerveja, acendíamos um cigarro, ah.. não jogamos lixo algum na mata... Para os que fumavam a ordem era jogar na latinha da breja e já era...
Depois de muito andar, chegamos na cachoeira Véu da Noiva, linda demias, pena que já era 18hs, isso em mata fechada já é quase noite!! Pra voltar tentamos um caminho diferente, na água algumas pessoas perdem a resistencia, já pelos barrancos o suor é maior mas rendíamos bastante.
O prêmio que trouxe para casa antes de sair do rio, foi entre os 457 tombos que tomei no percurso, neste ultimo me apoiei num galho cheio de espinhos longos e pontiagudos, com as duas mãos!!!
Só ouviram um grito de dor descomunal, e enquanto estavam pensando que eu havia torcido o tornozelo, o Fabiano viu que minha mão estava repleta de espinhos cravados nas palmas das mãos. Alguns ele conseguiu tirar perfeitamente, entretanto restaram 17 subcutâneos, que tiveram que me acompanhar até São Paulo, pois tentamos voltar para Paranapiacaba em busca de um posto 24h para atendimento, entretanto, não havia médico disponível, estava de férias... já pensou se uma mulher resolver parir.. ai lascou-se tuuudo!!!
Bom voltamos pela estrada super escura, com espinhos na mão, dor horrorosa... cansados.. mas felizes..
Pra mim foi um domingo perfeito.
Terminamos o Domingão no hospital de Santo André, sentindo os 17 cortes de bisturi a seco nas duas mãos, para a extração dos espinhos.
Tomei uma vacina anti-tetânica e chegando em casa, tomei um café para dar uma abaixada na adrenalina que passamos.

A parte de como foi para tirar os espinhos essa eu prefiro deixar pra outra hora!!!

Beijos

Juli Persou

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